A leucemia é um tipo de câncer que afeta as células do sangue e da medula óssea, onde são produzidas as células sanguíneas.
Essa doença pode se manifestar de formas diferentes, possuindo 4 tipos principais (mas há subdivisões dentro dessas categorias, conforme características genéticas e respostas ao tratamento), que são leucemia linfoide aguda, leucemia linfoide crônica, leucemia mieloide aguda e leucemia mieloide crônica.
Entender os tipos de leucemia é fundamental para reconhecer sintomas precoces, buscar diagnóstico adequado e iniciar o tratamento mais eficaz.
A leucemia é uma das neoplasias hematológicas mais comuns e pode atingir pessoas de todas as idades. No entanto, alguns tipos são mais frequentes em crianças, enquanto outros afetam principalmente adultos e idosos.
Continue a leitura e saiba mais sobre o assunto.
Quais são os principais tipos de leucemia?
A leucemia é classificada de acordo com a rapidez de progressão (aguda ou crônica) e com o tipo de célula sanguínea afetada (linfóide ou mielóide). Dessa forma, temos quatro tipos:
1. Leucemia linfoide aguda (LLA)
A LLA é o tipo mais comum em crianças, embora também possa ocorrer em adultos. É caracterizada pela produção descontrolada de linfoblastos (células imaturas do sistema linfático) que prejudicam a produção normal de glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas.
Apesar de ser um tipo agressivo, a LLA apresenta altas taxas de cura, especialmente quando diagnosticada precocemente e tratada em centros especializados.
| Aspecto | Informação |
|---|---|
| População mais afetada | Crianças e adolescentes |
| Progressão da doença | Rápida (aguda) |
| Principais sintomas | Febre, palidez, fadiga, infecções frequentes, sangramentos, dores ósseas |
| Diagnóstico | Hemograma, mielograma e imunofenotipagem |
| Possíveis tratamentos | Quimioterapia, imunoterapia, transplante de medula óssea |
| Prognóstico | Altas taxas de cura em crianças com tratamento precoce |
2. Leucemia linfoide crônica (LLC)
A LLC ocorre geralmente em adultos mais velhos e evolui lentamente. As células cancerígenas são linfócitos maduros, que se acumulam no sangue e na medula óssea, comprometendo a imunidade.
Embora a LLC nem sempre tenha cura definitiva, muitos pacientes conseguem viver por anos com acompanhamento e uso de medicamentos que bloqueiam proteínas envolvidas na multiplicação das células doentes.
| Aspecto | Informação |
|---|---|
| População mais afetada | Adultos acima dos 55 anos |
| Progressão da doença | Lenta (crônica) |
| Principais sintomas | Cansaço, perda de peso, aumento dos gânglios, infecções recorrentes |
| Diagnóstico | Exames de sangue, biópsia de medula óssea, testes genéticos |
| Possíveis tratamentos | Calquence (acalabrutinibe), Venclexta (venetoclax), imunoterapia, observação ativa |
| Prognóstico | Controlável por longo prazo; cura rara |
3. Leucemia mieloide aguda (LMA)
A LMA é mais comum em adultos e caracteriza-se pelo crescimento rápido de células mieloides anormais, que interferem na produção normal do sangue.
É considerada um dos tipos de leucemia mais graves, exigindo tratamento imediato com quimioterapia intensiva e, em alguns casos, transplante de medula óssea.
Apesar da gravidade, há casos de remissão completa quando o tratamento é iniciado rapidamente.
| Aspecto | Informação |
|---|---|
| População mais afetada | Adultos e idosos |
| Progressão da doença | Rápida (aguda) |
| Principais sintomas | Fraqueza intensa, febre, infecções, sangramentos, manchas roxas |
| Diagnóstico | Hemograma, mielograma, testes citogenéticos |
| Possíveis tratamentos | Quimioterapia intensiva, Venclexta, transplante de medula óssea |
| Prognóstico | Variável; depende da idade e resposta ao tratamento |
4. Leucemia mieloide crônica (LMC)
A LMC afeta principalmente adultos e é causada por uma mutação genética conhecida como cromossomo Filadélfia, que estimula a produção descontrolada de glóbulos brancos.
O tratamento costuma incluir medicamentos orais direcionados, como os inibidores de tirosina quinase, que controlam a multiplicação celular. Em muitos casos, a LMC é tratável e controlável por longo prazo.
| Aspecto | Informação |
|---|---|
| População mais afetada | Adultos entre 40 e 70 anos |
| Progressão da doença | Lenta (crônica) |
| Principais sintomas | Fadiga, perda de peso, suores noturnos, aumento do baço, dores ósseas |
| Diagnóstico | Hemograma, detecção do cromossomo Filadélfia, teste BCR-ABL |
| Possíveis tratamentos | Imatinibe, Dasatinibe, Nilotinibe, terapia-alvo, transplante de medula óssea |
| Prognóstico | Controlável com tratamento contínuo; alta sobrevida |
Qual tipo de leucemia é o mais grave?
A leucemia mieloide aguda (LMA) costuma ser a mais grave devido à sua evolução rápida e dificuldade de controle sem tratamento imediato.
Em contrapartida, a leucemia linfoide aguda (LLA), apesar de agressiva, apresenta maiores chances de cura, principalmente em crianças.
Quais os tratamentos para leucemia?
O tratamento varia conforme o tipo, estágio da doença e condições do paciente. As principais abordagens incluem:
Quimioterapia: destrói células cancerígenas e impede sua multiplicação.
Imunoterapia: estimula o sistema imunológico a combater as células doentes.
Terapia alvo: utiliza medicamentos específicos que bloqueiam mutações celulares.
Transplante de medula óssea: substitui células doentes por saudáveis.
Quais são os medicamentos de referência no tratamento?
Os avanços no tratamento da leucemia trouxeram uma nova geração de medicamentos que atuam de forma mais precisa e eficaz.
Eles são essenciais para controlar a doença, melhorar a qualidade de vida e, em alguns casos, alcançar a remissão completa. Entre os mais utilizados, destacam-se:
Calquence (acalabrutinibe): indicado para leucemia linfoide crônica, inibe a proteína BTK, reduzindo a multiplicação das células cancerígenas.
Venclexta (venetoclax): eficaz contra leucemias linfoides e mieloides, bloqueando a proteína BCL-2 que impede a morte das células doentes.
Imatinibe e Dasatinibe: amplamente usados no tratamento da leucemia mieloide crônica.
Esses medicamentos podem custar valores elevados, chegando a dezenas de milhares de reais por mês, o que torna essencial conhecer as formas de acesso via SUS ou ações judiciais.
Como ter acesso aos medicamentos via SUS e judicialização?
Alguns medicamentos de alto custo para leucemia estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS), mas nem todos constam nas listas oficiais.
Com isso, o paciente pode consultar um advogado de sua confiança ou a Defensoria Pública do seu estado para verificar a possibilidade de estar recorrendo à judicialização da saúde.
Através disso, é possível solicitar o fornecimento gratuito do seu medicamento com base em laudos médicos e comprovantes da necessidade terapêutica.
Perguntas frequentes sobre os tipos de leucemia
O tipo de leucemia influencia diretamente no prognóstico e na escolha do medicamento?
Sim. Cada tipo de leucemia tem evolução e resposta diferentes. Por isso, o tratamento e o medicamento são definidos conforme o tipo e o estágio da doença.
Após o diagnóstico, quanto tempo leva para iniciar o tratamento?
Depende do tipo. Nas leucemias agudas, o tratamento começa em poucos dias. Já nas crônicas, pode haver tempo para exames e definição da melhor terapia.
Os medicamentos para leucemia estão disponíveis pelo SUS?
Alguns sim. O SUS oferece certos medicamentos, mas outros, mais modernos ou de alto custo, podem exigir pedidos específicos ou por outros meios.
Como funciona o acesso a medicamentos de alto custo ou uso contínuo no SUS?
É feito por meio de programas estaduais ou federais. O paciente precisa apresentar relatório médico, prescrição e documentos comprobatórios.
O que fazer se o medicamento prescrito não está disponível na rede pública?
Nesses casos, é possível estar vendo a possibilidade de acionar a Justiça com a orientação de um advogado para solicitar o fornecimento gratuito do tratamento.
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Conclusão
Conhecer os tipos de leucemia e seus tratamentos é essencial para garantir o diagnóstico precoce e aumentar as chances de cura.
Cada tipo apresenta características distintas, exigindo abordagens personalizadas que combinam medicamentos, acompanhamento médico e, muitas vezes, suporte jurídico.
Graças aos avanços da medicina e ao trabalho de instituições, os pacientes hoje têm mais informação, apoio e acesso a terapias eficazes, tornando a luta contra a leucemia cada vez mais esperançosa.
Fontes:
Abrale;
Pesquisa Oncologia;
INCA;
Ministério da Saúde
