Para que Serve o Kiendra?
Kiendra é um medicamento usado no tratamento de pacientes adultos com esclerose múltipla secundária progressiva (EMSP) com doença ativa.
A esclerose múltipla (EM) é uma condição de longo prazo que afeta o sistema nervoso central (SNC), particularmente o funcionamento do cérebro e da medula espinhal.
A causa exata da EM é desconhecida. Pensa-se que uma resposta anormal do sistema imunológico do corpo tenha um papel importante no processo, o que danifica o SNC.
Pessoas com esclerose múltipla apresentam crises repetidas de sintomas neurológicos que refletem a inflamação no SNC. Esses ataques geralmente são chamados de surtos. Os sintomas variam de paciente para paciente, mas geralmente envolvem problemas com locomoção ou equilíbrio, fraqueza, dormência, problemas de visão (visão dupla e borrada), má coordenação e problemas de bexiga. Os sintomas de um surto podem desaparecer completamente quando este termina, mas alguns problemas podem permanecer. Essa forma de doença é chamada esclerose múltipla recorrente (EMR).
Eventualmente, na maioria dos casos, as pessoas com EM recorrente descobrem que seus sintomas e a gravidade de seus sintomas aumentam gradualmente entre surtos, indicando transição para a forma secundária progressiva de EM (EMSP).
Kiendra® é usado no tratamento de pacientes adultos com esclerose múltipla secundária progressiva (EMSP) com doença ativa. A doença ativa na EMSP é quando ainda existem surtos ou quando o resultado da ressonância magnética apresenta sinais de inflamação.
Kiendra não cura a esclerose múltipla, mas ajuda a desacelerar os efeitos da atividade da doença (como o agravamento da incapacidade, lesões cerebrais e surtos).
Não se sabe se Kiendra é seguro e eficaz em crianças.
Kiendra ® ajuda a proteger o sistema nervoso central (SNC) de ataques do próprio sistema imunológico do corpo. O siponimode pode afetar a capacidade de alguns glóbulos brancos se moverem livremente no organismo e alterar a maneira como o sistema imunológico funciona. Kiendra ® impede que as células que causam inflamação cheguem ao cérebro e na medula espinhal e ajuda a combater os ataques do sistema imunológico. Isso reduz os danos nos nervos causados pela esclerose múltipla (EM) e como resultado Kiendra ® ajuda a desacelerar os efeitos da atividade da doença (como piora da incapacidade, lesões no cérebro e surtos). Kiendra ® também pode ter um efeito benéfico em determinadas células cerebrais (células neurais) envolvidas na reparação ou na lentificação dos danos causados pela EM.
Em estudos clínicos controlados em pacientes com esclerose múltipla secundária progressiva (EMSP), Kiendra ® reduziu o risco de progressão da incapacidade confirmada (CDP) com duração de pelo menos três meses em 21% e reduziu o risco de CDP com duração de pelo menos seis meses em 26%. Kiendra ® também reduziu o número de surtos, de perda de volume cerebral e o declínio das funções cognitivas.
Se você tiver qualquer dúvida sobre como Kiendra ® funciona ou por que este medicamento foi prescrito para você, pergunte ao seu médico, farmacêutico ou profissional de saúde.
Esse medicamento é contraindicado para paciente com hipersensibilidade à substância ativa ou qualquer componente da fórmula.
Sempre use este medicamento exatamente conforme indicado pelo seu médico. Verifique com seu médico ou farmacêutico se você não tiver certeza.
Não ultrapasse a dose recomendada prescrita pelo seu médico.
Kiendra ® deve ser utilizado uma vez por dia, com meio copo de água. Kiendra ® pode ser tomado com ou sem a ingestão de alimentos.
Titulação | Dose de titulação | Regime de titulação |
Dia 1 | 0,25 mg | 1 comprimido de 0,25 mg de Kiendra® |
Dia 2 | 0,25 mg | 1 comprimido de 0,25 mg de Kiendra® |
Dia 3 | 0,5 mg | 2 comprimidos de 0,25 mg de Kiendra® |
Dia 4 | 0,75 mg | 3 comprimidos de 0,25 mg de Kiendra® |
Dia 5 | 1,25 mg | 5 comprimidos de 0,25 mg de Kiendra® |
No dia 6, mude para a dose de tratamento prescrita.
Durante os primeiros 6 dias de tratamento, a dose diária recomendada deve ser tomada uma vez ao dia pela manhã, com ou sem alimentos. Se uma dose tiver sido esquecedia em um dia durante os primeiros 6 dias de tratamento, você deverá avisar seu médico antes de tomar a próxima dose. Neste caso, o tratamento deve ser reiniciado com uma nova embalagem de início.
A dose diária habitual após a fase de titulação é de 2 mg (um comprimido de 2 mg de siponimode) com ou sem alimentos.
Se o exame de sangue realizado antes do início do tratamento mostrou que o seu corpo quebra o siponimode (Kiendra ®) lentamente (pacientes com o genótipo CYP2C9 *2* 3 ou CYP2C9 *1* 3), a dose diária habitual é de 1 mg uma vez por dia (4 comprimidos de 0,25 mg de Kiendra ®, que devem ser ingeridos no mesmo horário). O mesmo esquema de início do tratamento (com uma embalagem de iniciante) também se aplica a esses pacientes. Se isso se aplica a você, observe que é seguro tomar cinco comprimidos de 0,25 mg no dia 5 do período de titulação conforme indicado acima. Kiendra ® não deve ser utilizado em pacientes com um genótipo CYP2C9*3*3.
Kiendra ® deve ser administrado no mesmo horário todos os dias. Isso ajudará você a se lembrar quando tomar seu medicamento.
Continue tomando Kiendra ® uma vez por dia pelo tempo que o médico indicar.
Este é um tratamento de longo prazo, possivelmente com duração de meses ou anos. Seu médico irá monitorar regularmente sua condição para verificar se o tratamento está tendo o efeito desejado.
Não pare de tomar Kiendra ® nem altere a dose sem falar com o seu médico.
Se você parar de tomar Kiendra ® por 4 ou mais doses diárias consecutivas, o tratamento deve ser reiniciado com a embalagem de início.
Siponimode (Kiendra ®) permanecerá em seu corpo por até 10 dias depois que você parar de tomá-lo. A contagem de glóbulos brancos (contagem de linfócitos) também pode permanecer baixa durante esse período e por até 3 a 4 semanas, e os efeitos colaterais descritos nesta bula ainda podem ocorrer.
Depois que o tratamento com Kiendra ® é interrompido, os sintomas da EM podem retornar e piorar em comparação a antes ou durante o tratamento. Informe o seu médico se você tiver piora dos sintomas da EM após interromper Kiendra ®.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico ou farmacêutico.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
Se você esquecer de tomar Kiendra ® em um dia durante os primeiros 6 dias de tratamento, ligue para seu médico antes de tomar a próxima dose. Seu médico precisará prescrever uma nova embalagem de início. Você precisará reiniciar no Dia 1 com uma nova embalagem de início.
Posteriormente, se você perder uma dose (dia 7 para frente), tome-a assim que se lembrar e, em seguida, tome o próximo comprimido como de costume.
Se estiver quase na hora da próxima dose, pule a dose esquecida e continue como de costume.
Não tome uma dose dupla para compensar um comprimido que você se esqueceu de tomar. Em vez disso, aguarde até a hora do próximo comprimido.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
Siga cuidadosamente todas as orientações do médico. Elas podem ser diferentes das informações gerais contidas nesta bula.
Kiendra ® não foi estudado em pacientes com menos de 18 anos. Kiendra ® não deve ser utilizado por crianças ou adolescentes.
Não há experiência com Kiendra ® em pacientes idosos. Converse com seu médico se você tiver quaisquer preocupações.
Você não deve amamentar enquanto estiver tomando Kiendra ®. Siponimode (Kiendra ®) pode passar para o leite materno e existe o risco de efeitos colaterais graves em um lactente. Converse com o seu médico antes de amamentar enquanto estiver tomando Kiendra ®.
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento, se estiver grávida ou amamentando.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Você deve evitar engravidar enquanto estiver tomando Kiendra ® e por pelo menos 10 dias após parar de tomá-lo. Kiendra ® pode prejudicar seu feto. Pacientes do sexo feminino que possam engravidar devem usar métodos contraceptivos eficazes durante o tratamento e por pelo menos 10 dias após a interrupção do tratamento com Kiendra ®.
Pergunte ao seu médico sobre as opções contraceptivas eficazes. Veja também a subseção acima “Informe imediatamente o seu médico” se tiver algum dos seguintes sintomas ou doenças depois de ter interrompido o tratamento com Kiendra ®.
Se você engravidar ou achar que pode estar grávida, informe seu médico imediatamente. Você e seu médico decidirão o que é melhor para você e seu bebê.
Seu médico dirá se sua doença permite que você dirija veículos e use máquinas com segurança. Não se espera que Kiendra ® afete sua capacidade de dirigir e usar máquinas. No início do tratamento, você pode ocasionalmente sentir tonturas. Portanto, no seu primeiro dia de tratamento com Kiendra ®, você não deve dirigir ou utilizar máquinas.
Aviso: Kiendra contém lactose. Pacientes com problemas hereditários de intolerância à galactose, deficiência de lactase de Lapp ou má absorção de glucose-galactose não devem utilizar este medicamento.
Kiendra não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Como ocorre com todos os medicamentos, os pacientes tratados com Kiendra ® podem apresentar eventos adversos, embora isso não aconteça com todos.
Se apresentar algum destes problemas, informe imediatamente o seu médico.
Outros eventos adversos incluem os seguintes listados a seguir. Se esses eventos adversos se tornarem graves, informe seu médico, farmacêutico ou profissional de saúde.
Se você perceber qualquer efeito adverso não listado nesta bula, informe seu médico ou farmacêutico.
Atenção: Kiendra é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, informe seu médico ou cirurgião-dentista.
Via oral.
Uso adulto.
2,0 mg de siponimode equivalente a 2,224 mg de ácido fumárico siponimode.
Excipientes: lactose monoidratada, celulose microcristalina, crospovidona, dibeenato de glicerila e dióxido de silício.
Excipientes do revestimento: álcool polivinílico, dióxido de titânio, óxido de ferro vermelho, óxido de ferro preto, óxido de ferro amarelo, talco, lecitina, goma xantana.
Se você tomou Kiendra ® em excesso de uma vez, ou se tomou o primeiro comprimido da embalagem de tratamento (comprimido de 2,0 mg) em vez da embalagem de iniciante (comprimido de 0,25 mg), entre em contato com seu médico imediatamente.
Seu médico pode decidir observá-lo com medições da frequência cardíaca e pressão arterial, fazer eletrocardiogramas (ECGs) e pode decidir monitorá-lo durante a noite.
Em caso de uso de grande quantidade de Kiendra, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.
Kiendra ® pode ser tomado com ou sem a ingestão de alimentos.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Como subsídio de eficácia clínica, a requerente apresentou o estudo pivotal de fase 3 A2304; e o estudo de fase 2 A2201.
Este foi um estudo de fase 2, duplo-cego, randomizado, multicêntrico, adaptativo de variação de dose, controlado por placebo e de grupos paralelos para avaliar a segurança, tolerância e eficácia nos parâmetros de lesão por exame de ressonância magnética (RMN) e determinar a curva de resposta à dose de Ácido Fumárico Siponimode administrado oralmente uma vez ao dia em pacientes com EMRR (Esclerose Múltipla Remitente Recorrente).
Os pacientes foram randomizados para uma de cinco doses de Ácido Fumárico Siponimode (10, 2, 1,25, 0,5 ou 0,25 mg diariamente) ou placebo, em duas coortes separadas em dois períodos consecutivos. O período 1 consistiu em tratamento de 6 meses com 10 mg, 2 mg, 0,5 mg e placebo. O período 2 consistiu em tratamento de 3 meses, com dois níveis de dose adicionais selecionados por um algoritmo de análise dos resultados preliminares do período 1. Esta análise resultou na seleção dos níveis de dose de 1,25 mg, 0,25 mg a serem avaliados em comparação ao placebo no período 2.
Um total de 188 pacientes foi randomizado no período 1, e 109 pacientes foram randomizados no período 2.
O objetivo primário deste estudo foi avaliar a relação de resposta à dose entre cinco doses de Ácido Fumárico Siponimode e placebo durante 3 meses de tratamento em pacientes com EMRR conforme medido pelo número de lesões ativas únicas combinadas (CUAL).
A variável de eficácia primária foi definida como o número mensal de lesões ativas únicas combinadas (CUAL) de ressonância magnética durante 3 meses de tratamento. Lesões ativas únicas combinadas foram definidas como novas lesões realçadas por gadolínio [Gd] em exames de ressonância magnética em T1 ou lesões novas ou aumentadas em exames de ressonância magnética em T2, sem contagem dupla de lesões. Desfechos secundários incluíram outras variáveis de ressonância magnética e taxa de recidiva anualizada (TRA).
O desfecho primário (número de lesões ativas únicas combinadas) foi alcançado, conforme demonstrado por uma relação de resposta à dose estatisticamente significativa entre as cinco doses de Ácido Fumárico Siponimode (10 mg, 2 mg, 1,25 mg, 0,5 mg e 0,25 mg) e placebo durante 3 meses de tratamento.
O tratamento com Ácido Fumárico Siponimode reduziu o número de lesões ativas únicas combinadas (CUAL) em até 80% em relação ao placebo. A curva de resposta à dose de RMN usando o modelo longitudinal bayesiano indicou eficácia quase máxima com 2 mg. O nível de dose de 0,5 mg teve eficácia submáxima; aproximadamente 50% de redução de CUAL versus placebo.
A dose de 2 mg de Ácido Fumárico Siponimode mostrou um efeito na redução da taxa de recidiva anualizada, estatisticamente significante (p = 0,041).
Este foi um estudo de fase 3, multicêntrico, randomizado, duplo-cego, de grupos paralelos, controlado por placebo, com duração variável do tratamento para avaliar a eficácia e segurança do Ácido Fumárico Siponimode (BAF312) em pacientes com esclerose múltipla secundária progressiva, seguido por tratamento estendido com BAF312 aberto.
O objetivo do Estudo A2304 (central e extensão) é fornecer dados de eficácia, segurança e tolerância em pacientes com EMSP e fornecer dados de longo prazo sobre a segurança, tolerância e eficácia do Ácido Fumárico Siponimode em pacientes que concluíram a parte central e continuaram na parte de extensão aberta atualmente em andamento.
Durante a fase de triagem do Estudo A2304, no total, 2.092 pacientes foram triados, dos quais 441 (21,1%) descontinuaram antes da randomização.
No início da etapa de tratamento, os pacientes foram randomizados na proporção de 2:1 para receber 2 mg de Ácido Fumárico Siponimode (titulado para dose integral durante 6 dias) ou placebo; no total, 1.105 pacientes foram randomizados para Ácido Fumárico Siponimode (5/1.105 não foram expostos ao medicamento do estudo) e 546 ao placebo.
A duração da parte central do estudo foi variável para cada paciente, uma vez que este foi um estudo orientado por eventos e duração do acompanhamento com critérios predefinidos do fim do estudo com base em 1) o número de eventos de progressão confirmada da incapacidade (PCI) em 3 meses que foram observados (pelo menos 374) e 2) > 95% dos pacientes randomizados pelo menos 12 meses antes. A maioria dos pacientes que concluíram a parte central do estudo foi elegível para entrar na parte de extensão.
De acordo com o relatório clínico do estudo, a parte de extensão do estudo estava em andamento na época do relatório. A data de corte dos dados é 29 de abril de 2016. O estudo foi conduzido em um total de 294 centros em 31 países.
O objetivo primário foi demonstrar a eficácia do Ácido Fumárico Siponimode em relação ao placebo em retardar o tempo até a progressão confirmada da incapacidade (PCI) em 3 meses em pacientes com EMSP, conforme medido pela Escala Expandida do Estado de Incapacidade (EDSS).
A variável primária foi o tempo até a progressão confirmada da incapacidade (PCI) em 3 meses com base no EDSS.
A primeira variável de eficácia secundária principal foi o tempo até a piora confirmada de 3 meses de pelo menos 20% da linha de base basal no teste de marcha cronometrada de 25 pés (T25W). A segunda variável de eficácia secundária principal foi a mudança da linha de base no volume de lesões em T2.
Um total de 288/1096 pacientes no grupo Ácido Fumárico Siponimode (26,3%), e 173/545 pacientes no grupo placebo (31,7%) experimentaram progressão confirmada da incapacidade em 3 meses, definida por um aumento pré-especificado na EDSS.
O estudo atendeu a seu desfecho primário, demonstrando uma redução estatisticamente significativa de 21,2% no risco de os pacientes apresentarem progressão confirmada da incapacidade em 3 meses, definida por um aumento pré-especificado na EDSS (razão de risco [RR] de 0,79, p = 0,0134).
O primeiro desfecho secundário principal de tempo até piora confirmada em 3 meses no teste de marcha cronometrada de 25 pés (T25W) de pelo menos 20% em relação ao valor basal mostrou uma redução de risco de 6,2%; esta redução não atingiu significado estatístico (p = 0.4398). O Ácido Fumárico Siponimode demonstrou benefício do tratamento em comparação ao placebo na variação no volume de lesões em T2 relativamente à avaliação inicial (o segundo desfecho secundário principal, (p < 0,0001).
Para subsidiar o registro do medicamento Ácido Fumárico Ácido Fumárico Siponimode (Ácido Fumárico Siponimode), foram apresentados os relatórios clínicos de dois estudos. O estudo A2201 foi um estudo de fase 2 duplo-cego, randomizado, multicêntrico, que investigou 5 concentrações diferentes de Ácido Fumárico Siponimode em pacientes com esclerose múltipla remitente recorrente [EMRR]. O desfecho primário (número de lesões ativas únicas combinadas) foi alcançado, conforme demonstrado por uma relação de resposta à dose estatisticamente significativa entre as cinco doses de Ácido Fumárico Siponimode (10 mg, 2 mg, 1,25 mg, 0,5 mg e 0,25 mg) e placebo durante 3 meses de tratamento. A dose de 2 mg de Ácido Fumárico Siponimode mostrou um efeito na redução da taxa de recidiva anualizada, estatisticamente significante (p = 0,041).
A eficácia do tratamento com Ácido Fumárico Siponimode em pacientes com esclerose múltipla secundária progressiva foi demonstrada em um estudo de fase 3 multicêntrico, randomizado, duplo-cego, de grupos paralelos, controlado por placebo, com duração variável do tratamento, o estudo A2304.
No estudo A2304, foi demonstrada uma redução estatisticamente significativa de 21,2% no risco de os pacientes apresentarem progressão confirmada da incapacidade em 3 meses (p = 0,0134).
Outros desfechos secundários de eficácia incluíram tempo até a progressão confirmada da incapacidade em 6 meses, no qual foi observada uma redução de risco de 25,9% para Ácido Fumárico Siponimode em comparação com placebo (HR 0,74, IC 95% (0,60, 0,92) p = 0,0058). A taxa de recidiva anualizada mostrou uma taxa de redução de 55,5% para recidivas confirmadas para Ácido Fumárico Siponimode em comparação com o placebo (p <0,0001). Os resultados para tempo para a primeira recidiva confirmada, proporção de pacientes com recidiva e variáveis relacionadas à imagem de ressonância magnética foram favoráveis a Ácido Fumárico Siponimode, No entanto, não foram observadas diferenças significativas em desfechos de eficácia exploratória.
A esclerose múltipla é a doença autoimune desmielinizante do sistema nervoso central mais comum. Com o tempo, um número crescente desses pacientes (> 50% em 15 a 20 anos) progride para a fase secundária progressiva (EMSP) da doença, na qual há uma frequência decrescente (ou ausência) de remitências e, ao mesmo tempo, um acúmulo gradual de incapacidade. Os pacientes que passaram para o estágio de EMSP apresentam redução na ambulação, comprometimento cognitivo, disfunção bulbar, comprometimento visual, função do braço comprometida, fadiga, dor e depressão, juntamente com problemas frequentemente severos de controle do esfíncter, o que leva a uma redução na qualidade de vida. O objetivo do tratamento é suprimir as recidivas e a progressão da doença.
Foi observado um efeito do tratamento com siponimode em uma população com EMSP na redução do risco de progressão da incapacidade em 3 e 6 meses. O tratamento com siponimode foi associado a uma redução de 55% na taxa de recidiva anualizada, 86% no número de lesões realçadas por Gd e uma redução de 81% no número de lesões T2 novas ou aumentadas durante o estudo na população geral. Conforme avaliação da EMA, os resultados em recidivas e lesões de ressonância magnética, juntamente com os resultados de análises de subgrupos e o mecanismo de ação sugeriram um efeito relevante na atividade inflamatória focal em EMSP.
No geral, o perfil de segurança é semelhante ao fingolimode e é considerado aceitável. O tratamento com sÁcido Fumárico Siponimode levou a bradiarritmias, especialmente durante as primeiras semanas de início do tratamento. Edema macular, outro efeito de classe bem conhecido, foi observado em 1,7% dos pacientes tratados com Ácido Fumárico Siponimode, em comparação com apenas 0,2% nos pacientes com placebo. Outros eventos adversos relevantes incluíram aumento da ALT, aumento da AST, hipertensão, aumento do risco de infecções (consistindo principalmente na reativação de infecções por vírus varicela-zóster, herpes zoster e infecções fúngicas da pele) e malignidades de pele.
Com base nas informações provenientes dos estudos clínicos apresentados e dos relatórios de análise das agências reguladoras FDA (Food and Drug Administration) e EMA (European Medicine Agency), entendemos que o perfil geral de segurança é aceitável e o balanço risco benefício do medicamento Ácido Fumárico Siponimode deve ser considerado favorável. As devidas limitações foram refletidas no texto de bula encaminhado pela requerente.
O BAF312 (Ácido Fumárico Siponimode) é um agonista potente e seletivo dos subtipos 1 e 5 do receptor de esfingosina-1-fosfato (S1P), ou seja, S1P1 e S1P5, administrado por via oral. Ele pertence a um novo quimiotipo, derivado de um programa de química medicinal direcionado, com propriedades imunomoduladoras e neuroprotetoras, e demonstrou eficácia em vários modelos de encefalomielite autoimune experimental (EAE) de esclerose múltipla. Ele foi projetado propositalmente para não visar os subtipos S1P3 e S1P4 do receptor em doses farmacológicas, ao contrário do fingolimode (Gilenya, FTY720), que é o modulador de S1P prototípico (que atua em 4 dos 5 receptores de S1P [S1P1, S1P3, S1P4 e S1P5]), aprovado como agente oral para o tratamento de formas recidivantes de esclerose múltipla (EM).
O conceito científico que vincula receptores de esfingosina-1-fosfato (S1P) à EM está agora bem estabelecido e se origina da descoberta e desenvolvimento do fingolimode. Comparativamente, o Ácido Fumárico Siponimode não é um fármaco precursor e, portanto, não requer uma etapa de fosforilação para eficácia in vivo, tem uma seletividade de receptor mais estreita sem efeitos mediados por S1P3 e S1P4 esperados e tem perfis de farmacocinética e distribuição substancialmente diferentes.
In vitro, o Ácido Fumárico Siponimode foi classificado como um composto altamente permeável. Os dados de captação intestinal do Ácido Fumárico Siponimode, e características de permeabilidade da membrana sugerem que a permeabilidade da membrana luminal ocorre mais provavelmente por um processo de permeação passiva sem um envolvimento dos transportadores de efluxo do fármaco.
O Tmáx mediano variou entre 2 e 6 horas após administrações orais únicas de várias formas farmacêuticas orais sólidas, incluindo a formulação para uso clínico (CSF) em cápsula, comprimido de formulação comercial (MF) e comprimido de formulação idêntica à comercial (FMI) ([Estudos A2101 e A2111]). De forma similar, o Tmáx,ss mediano após doses múltiplas variou entre 3 e 4 horas ([Estudos A2105 e A2125]). Em participantes individuais, o Tmáx mediano variou de 1,5 a 24 horas (Estudo A2101).
De modo geral, o Ácido Fumárico Siponimode foi moderadamente distribuído dentro do corpo humano após a administração oral (volume de distribuição aparente [Vz/F)] de 143 L após uma dose única de 0,25 mg [estudo A2126]. O Ácido Fumárico Siponimode e seus metabólitos ficaram principalmente confinados dentro do compartimento plasmático (proporção de AUC média de radioatividade no sangue/plasma de aproximadamente 0,67). O Ácido Fumárico Siponimode e/ou seus metabólitos não mostraram nenhuma afinidade especial com os eritrócitos.
Não foram observadas diferenças evidentes na ligação de [14C] Ácido Fumárico Siponimode a proteínas plasmáticas entre participantes saudáveis e participantes com comprometimento renal ou hepático. Nas avaliações em participantes com comprometimento hepático e renal, o [14C]Ácido Fumárico Siponimode estava altamente ligado às proteínas plasmáticas em todos os participantes (> 99,9%). Em humanos, as lipoproteínas plasmáticas contribuíram fortemente para a ligação geral. O [14C] Ácido Fumárico Siponimode foi altamente ligado (≥ 99,8%) a lipoproteínas plasmáticas humanas (lipoproteína de alta densidade [HDL], lipoproteína de baixa densidade [LDL] e lipoproteína de muito baixa densidade [VLDL]), albumina sérica humana e glicoproteína ácida α1 (AGP). A contribuição de lipoproteínas para a ligação total no plasma humano foi maior em comparação com a contribuição de albumina e AGP.
In vitro, foi estimado que a CYP2C9 e CYP3A4 contribuem para 79,3% e 18,5%, respectivamente, do metabolismo oxidativo do Ácido Fumárico Siponimode. Em humanos, não foram identificados metabólitos ativos ou tóxicos de Ácido Fumárico Siponimode.
De acordo com o Resumo de Farmacologia, a enzima polimórfica CYP2C9 é a principal enzima metabolizadora do Ácido Fumárico Siponimode. A exposição ao Ácido Fumárico Siponimode é dependente do genótipo CYP2C9. Mais de 50 polimorfismos de nucleotídeo único (SNPs) foram descritos nas regiões reguladoras e de codificação do gene CYP2C9, mas apenas 2 SNPs de codificação, ou seja, CYP2C9*2 e CYP2C9*3, são considerados como resultando em uma redução clinicamente relevante na atividade enzimática. Esses 2 SNPs resultam em 6 grupos diferentes de genótipo CYP2C9 que conferem 3 fenótipos funcionalmente diferentes, ou seja, metabolizadores extensivos (*1*1), intermediários (*1*2, *1*3 e *2*2) e fracos (*2*3 e *3*3).
A PK do Ácido Fumárico Siponimode foi avaliada em metabolizadores extensivos e fracos de CYP2C9 (genótipo CYP2C9*1*1 e genótipos CYP2C9*2*3 ou *3*3, respectivamente) no Estudo A2128 após uma dose única de 0,25 mg de Ácido Fumárico Siponimode na parte 1 e doses de 0,25 mg (dias 1 e 2) e 0,5 mg (dia 3) na parte 2 (Tabela 5-1). De modo geral, na parte 1, a AUCinf e AUCúltimo do Ácido Fumárico Siponimode foram maiores em metabolizadores fracos do que em metabolizadores extensivos. Foi observado um pequeno aumento da Cmáx em metabolizadores fracos. Na parte 2, os participantes com genótipos CYP2C9*2*3 e *3*3 foram expostos de forma comparativa ao Ácido Fumárico Siponimode. Para os metabólitos M3 e M5, na parte 1, a Cmáx e a AUC foram acentuadamente menores e o Tmáx atrasou em metabolizadores fracos; a T1/2 terminal aparente também foi prolongada. Na parte 2, a Cmáx e a AUC0-24h do M3 e M5 foram mais baixas em participantes com CYP2C9*3*3 do que com CYP2C9*2*3, enquanto o Tmáx mediano foi similar.
Em geral, o Ácido Fumárico Siponimode é metabolizado principalmente por meio da formação de M5, M6 e M7 por hidroxilação e subsequente glicuronidação ou sulfatação, com excreção fecal/biliar como a principal via de eliminação. A depuração aparente do Ácido Fumárico Siponimode foi baixa (valor típico de CL/F: 3,11 a 3,15 L/h). A T1/2 efetiva variou de 22 a 36 horas.
Para M3, M5, M6 e M7, a T1/2 terminal aparente variou entre 29,3 e 35,2 horas, em comparação com 150 a 155 horas para M17. A excreção fecal/biliar foi a principal via de eliminação (média: no máximo, 86,7% da dose radioativa [estudo A2104]). O fármaco inalterado representou 9,2% da dose radioativa nas fezes. M5 e M4 foram os principais metabólitos nas fezes e M3 foi o principal metabólito na urina.
A análise de proporcionalidade da dose foi realizada para parâmetros PK de Cmáx e AUC de Ácido Fumárico Siponimode nos estudos A2101 , estudos A1101 e A2105. Em todos os 3 estudos, a Cmáx do Ácido Fumárico Siponimode, a AUC0-24h e AUCinf aumentaram de forma aparentemente proporcional à dose na variação de dose investigada.
Não houve prova de que o sexo e a idade influenciam a PK do Ácido Fumárico Siponimode. Além disso, estudos de comprometimento hepático e renal corroboram uma diferença mínima na PK do Ácido Fumárico Siponimode entre participantes idosos e mais jovens.
O peso corporal foi identificado como um preditor significativo da PK do Ácido Fumárico Siponimode. No entanto, embora o peso corporal influencie a CL/F e Vc/F do Ácido Fumárico Siponimode, nenhum ajuste de dose com base no peso corporal é justificado considerando o efeito limitado sobre a exposição ao Ácido Fumárico Siponimode.
A ingestão de alimentos não teve influência na exposição sistêmica às formulações de Ácido Fumárico Siponimode em comprimidos FMI e cápsulas CSF [Estudo A2101] e [Estudo A2111]; portanto, o Ácido Fumárico Siponimode pode ser tomado independentemente das refeições. O discreto aumento no Tmáx após um café da manhã com alto teor de gordura em comparação ao jejum (6 a 7 horas versus 4 horas para o comprimido FMI) não foi considerado clinicamente relevante.
As potenciais interações medicamentosas foram avaliadas in silico, utilizando o software SimCYP. O modelo PBPK foi estabelecido usando uma abordagem mista combinando dados in vitro e parâmetros PK derivados de estudos clínicos. Foram avaliados os efeitos do itraconazol, fluconazol, fluvoxamina, rifampicina e efavirenz sobre a exposição sistêmica do Ácido Fumárico Siponimode.
In vivo, a administração concomitante de fluconazol com Ácido Fumárico Siponimode em participantes com CYP2C9*1*1 dobrou a AUC do Ácido Fumárico Siponimode. Já a administração de itraconazol diminuiu as AUCs do Ácido Fumárico Siponimode em 10% e 25% em indivíduos com os genótipos CYP2C9*1*2 e *1*3, respectivamente. A administração concomitante de rifampicina com Ácido Fumárico Siponimode em participantes com CYP2C9*1*1 diminuiu a Cmáx e a AUC do Ácido Fumárico Siponimode em 45% e 57%. A coadministração do Ácido Fumárico Siponimode com um contraceptivo oral monofásico comum não causou alterações relevantes à exposição de etinilestradiol ou parâmetros farmacodinâmicos.
A PK do Ácido Fumárico Siponimode em pacientes com EMSP é comparável à de participantes saudáveis e pacientes com EMRR, e é independente do tipo de população. As concentrações PK finais normalizadas por dose em estado de equilíbrio entre participantes saudáveis (Estudos A2105 e A2118) e pacientes com EM (Estudos A2201 e A2304) sugerem que a PK do Ácido Fumárico Siponimode é comparável entre as populações, enquanto uma maior variabilidade interparticipantes é observada em pacientes com EM comparação com voluntários saudáveis.
A exposição ao fármaco em pacientes com polimiosite/dermatomiosite foi aproximadamente 2 vezes maior do que o esperado em estudos com participantes saudáveis no mesmo nível de dose de 10 mg no Estudo A2105. Segundo a requerente, essa observação deve ser considerada com cautela, levando-se em conta os dados limitados de pacientes e a alta variabilidade interparticipantes nos níveis plasmáticos. No Estudo X2205, a exposição plasmática ao Ácido Fumárico Siponimode observada no grupo de 2 mg foi semelhante à observada em estudos anteriores com participantes saudáveis. No Estudo X2206, a média aritmética dos níveis plasmáticos de Ácido Fumárico Siponimode no final da curva foi comparável aos valores médios de Cmín,ss observados nos Estudos A2118 e A2105 nos mesmos níveis de dose, confirmando a exposição adequada.
A Cmáx e a AUC do Ácido Fumárico Siponimode foram marginalmente afetadas em participantes com comprometimento renal, com Cmáx discretamente menor (8%) e um aumento de 23% a 24% na AUC em participantes com comprometimento renal severo em comparação com participantes hígidos correspondentes; no entanto, essas diferenças não foram clinicamente significativas. A T1/2 terminal aparente média do Ácido Fumárico Siponimode foi de 25,4 e 36,2 horas em participantes saudáveis e com comprometimento renal severo, respectivamente (Estudo A2129). A requerente concluiu que os resultados de uma dose oral única de Ácido Fumárico Siponimode (0,25 mg) em participantes com comprometimento renal severo sugerem que não é necessário ajustar a dose de Ácido Fumárico Siponimode em participantes com função renal comprometida.
A PK do Ácido Fumárico Siponimode foi geralmente comparável entre participantes com comprometimento hepático e os participantes saudáveis correspondentes (Estudo A2122).
A raça/etnia não afeta significativamente a PK do Ácido Fumárico Siponimode. O perfil PK do Ácido Fumárico Siponimode (0,5 a 10 mg) em participantes japoneses no Estudo A1101 foi semelhante ao Estudo A2101 de dose única crescente anterior em participantes não japoneses. O Ácido Fumárico Siponimode foi mensurável no plasma tão cedo quanto 0,25 hora pós-dose. O Tmáx mediano entre as doses foi de 3,5 a 4 horas, variando entre 2 a 12 horas em participantes individuais. A Cmáx e a AUC pareceram aumentar proporcionalmente à dose ao longo da faixa investigada.
Uma análise exploratória de PK/farmacogenética (PG) no primeiro estudo em humanos indicou que os portadores heterozigotos de CYP2C9*3 tendem a ter uma AUC mais elevada do Ácido Fumárico Siponimode em comparação a participantes que não possuem o alelo *3. A PK do Ácido Fumárico Siponimode foi avaliada em metabolizadores extensivos e fracos de CYP2C9 (genótipo CYP2C9*1*1 e genótipos CYP2C9*2*3 ou *3*3, respectivamente) no Estudo A2128.
Antes do início do tratamento com Ácido Fumárico Siponimode, o genótipo CYP2C9 do paciente deve ser determinado. Uma dose de manutenção de 1 mg em vez de 2 mg é proposta em participantes com genótipos CYP2C9*1*3 e CYP2C9*2*3. Espera-se que a dose de manutenção de 1 mg compense a depuração metabólica aparente reduzida em relação à dos participantes com CYP2C9*1*1 e alcance uma exposição comparável à dos participantes com CYP2C9*1*1 que recebem a dose de 2 mg 1x/dia, evitando, assim, possíveis riscos de segurança em longo prazo da maior exposição crônica. Não se propõe qualquer ajuste de dose para participantes com CYP2C9*1*2 e *2*2 considerando sua depuração sistêmica prevista comparável ou apenas discretamente reduzida em comparação à dos participantes com *1*1. Como os participantes com CYP2C9*3*3 não foram estudados na fase 3 [Estudo A2304], devido à esperada exposição crônica significativamente maior, não se recomenda o uso de Ácido Fumárico Siponimode nesses pacientes. Pacientes com CYP2C9*1*3 e CYP2C9*2*3 foram incluídos nos estudos clínicos de EM sem ajuste de dose.
Segundo a requerente, os dados de CL/F e Vc/F em 224 homens e 182 mulheres na análise PopPK de fase 1/fase 2 e os dados de CL/F em 413 homens e 632 mulheres na análise PopPK de fase 3 de pacientes com EMSP sugerem que o sexo não exerceu impacto significativo nesses parâmetros PK de Ácido Fumárico Siponimode.
Não foi realizado nenhum estudo com participantes idosos. Nas 2 análises PopPK, a idade (faixa avaliada: 18 a 61 anos) não foi identificada como uma covariável que afeta a CL/F de Ácido Fumárico Siponimode. Uma vez que o comprometimento hepático e renal não impacta a PK de Ácido Fumárico Siponimode, não são esperadas diferenças na PK do Ácido Fumárico Siponimode entre participantes idosos e mais jovens. Não foi realizado nenhum estudo com participantes abaixo de 18 anos de idade.
Como um modulador seletivo do receptor de S1P, o Ácido Fumárico Siponimode induz a internalização e degradação do receptor S1P1 e, desse modo, age como um antagonista funcional no S1P1. A redução resultante da contagem absoluta de linfócitos (CAL) no sangue periférico devido à prevenção da recirculação de linfócitos do tecido linfático para órgãos-alvo constitui o efeito PD primário relacionado à eficácia do Ácido Fumárico Siponimode.
Foi observada uma diminuição dependente da dose na CAL a partir de doses únicas de 0,3 mg [Estudo A2101]. Doses únicas acima de 1 mg não levaram a uma tendência clara de recuperação da CAL média em 24 horas após a administração. No entanto, em 48 horas após a administração, a CAL média retornou aos valores normais após doses únicas de 2,5 mg e mostrou uma tendência clara de recuperação após doses únicas de 5 mg, 10 mg e 17,5 mg.
Nos estudos iniciais de dose única e doses múltiplas crescentes de Ácido Fumárico Siponimode, foi observada uma redução transitória e dependente da dose na frequência cardíaca durante os primeiros dias de administração de dose que alcançou um platô com doses ≥ 5 mg. O efeito de pico diário ocorreu aproximadamente 2 horas pós-dose, seguido pela rápida recuperação dos valores de FC para um valor próximo dos níveis basais.
Não foram observados bloqueios AV de segundo grau do tipo Mobitz II ou de grau superior em estudos de farmacologia clínica. Na maioria, os bloqueios AV e pausas sinusais foram detectados acima da dose terapêutica de 2 mg e sua incidência foi marcadamente maior em condições não tituladas em relação às condições de titulação da dose, demonstrando claramente que o esquema de titulação da dose mitiga de modo eficaz os efeitos de bradiarritmia.
Um estudo do QT completo [estudo A2118], controlado por moxifloxacino e placebo, investigou os efeitos de doses terapêuticas (2 mg) e supraterapêuticas (10 mg) de Ácido Fumárico Siponimode sobre a repolarização cardíaca. Não foi demonstrado nenhum efeito direto significativo do prolongamento do QT com Ácido Fumárico Siponimode; e o estudo não sugeriu um potencial arritmogênico relacionado ao prolongamento do QT.
A relação entre a dose e a contagem de linfócitos foi modelada em uma análise populacional PK/PD, que revelou uma relação de resposta à dose. O peso não afetou a contagem de linfócitos em um grau clinicamente relevante. A análise revelou um impacto pequeno, mas não clinicamente relevante, da origem e gênero japoneses.
O tratamento concomitante com Ácido Fumárico Siponimode e propranolol diminuiu a frequência cardíaca com uma média de 6 bpm em comparação com o propranolol sozinho. Deve-se ter cautela quando o Ácido Fumárico Siponimode é iniciado em pacientes que recebem betabloqueadores devido aos efeitos aditivos na redução da frequência cardíaca.
O Ácido Fumárico Siponimode é extensamente absorvido após administração oral; com biodisponibilidade absoluta de aproximadamente 84%. A ingestão de alimentos não teve influência na exposição sistêmica. O Ácido Fumárico Siponimode foi moderadamente distribuído dentro do corpo humano após a administração oral; a ligação do Ácido Fumárico Siponimode às proteínas plasmáticas é > 99,9% em indivíduos saudáveis e em pacientes com insuficiência hepática ou renal.
A enzima polimórfica CYP2C9 é a principal enzima metabolizadora do Ácido Fumárico Siponimode, seguida por uma menor contribuição de CYP3A4. A exposição ao Ácido Fumárico Siponimode é dependente do genótipo CYP2C9. Uma dose de manutenção de 1 mg é proposta em participantes com genótipos CYP2C9*1*3 e CYP2C9*2*3 para evitar possíveis riscos de segurança no longo prazo de uma exposição crônica mais elevada. Pacientes com CYP2C9*3*3 não foram incluídos no estudo de fase 3 e não se recomenda o uso de Ácido Fumárico Siponimode nesses pacientes. Antes do início do tratamento com Ácido Fumárico Siponimode, o genótipo CYP2C9 do paciente deve ser determinado. Não se espera que a atividade farmacológica dos principais metabólitos M3 e M17 contribua para o efeito clínico e a segurança do Ácido Fumárico Siponimode em humanos. A excreção fecal/biliar foi a principal via de eliminação do Ácido Fumárico Siponimode. A T1/2 efetiva variou de 22 a 36 horas.
Os efeitos do Ácido Fumárico Siponimode foram avaliados em indivíduos com insuficiência renal e hepática. Não é necessário ajustar a dose de Ácido Fumárico Siponimode em participantes com função renal comprometida. O Ácido Fumárico Siponimode não deve ser usado em pacientes com insuficiência hepática grave. Não são necessários ajustes de dose de Ácido Fumárico Siponimode em pacientes com insuficiência hepática leve ou moderada.
Os potenciais interações medicamentosas foram avaliadas in silico, utilizando o software SimCYP. O modelo PBPK foi estabelecido usando uma abordagem mista combinando dados in vitro e parâmetros PK derivados de estudos clínicos. Foram avaliados os efeitos do itraconazol, fluconazol, fluvoxamina, rifampicina e efavirenz sobre a exposição sistêmica do Ácido Fumárico Siponimode.
In vivo, a administração concomitante de fluconazol com Ácido Fumárico Siponimode em participantes com CYP2C9*1*1 dobrou a AUC do Ácido Fumárico Siponimode. Já a administração de itraconazol diminuiu as AUCs do Ácido Fumárico Siponimode em 10% e 25% em indivíduos com os genótipos CYP2C9*1*2 e *1*3, respectivamente. A administração concomitante de rifampicina com Ácido Fumárico Siponimode em participantes com CYP2C9*1*1 diminuiu a Cmáx e a AUC do Ácido Fumárico Siponimode em 45% e 57%. A coadministração do Ácido Fumárico Siponimode com um contraceptivo oral monofásico comum não causou alterações relevantes à exposição de etinilestradiol ou parâmetros farmacodinâmicos.
Não foi realizado nenhum estudo com participantes abaixo de 18 anos de idade, ou com pacientes idosos com mais de 61 anos.
Em todos os estudos, a administração de Ácido Fumárico Siponimode resultou em uma redução na contagem absoluta de linfócitos (CAL) de forma dependente da dose. No estudo A2105 de doses múltiplas, células CD4+ e CD8+ foram afetadas em diferentes graus pelo Ácido Fumárico Siponimode.
Foi observada uma redução transitória e dependente da dose na frequência cardíaca durante os primeiros dias de administração de Ácido Fumárico Siponimode. Um estudo mostrou que não houve diferença clinicamente relevante na média de FC ou efeitos bradiarrítmicos clinicamente relevantes do Ácido Fumárico Siponimode em diferentes genótipos do CYP2C9. Não foram observados bloqueios AV de segundo grau do tipo Mobitz II ou de grau superior em estudos de farmacologia clínica.
Os resultados de um estudo QT demonstraram que não foi observado efeito direto significativo do prolongamento do QT com Ácido Fumárico Siponimode; e o estudo não sugeriu um potencial arritmogênico relacionado ao prolongamento do QT. No entanto, um pequeno aumento no QTc foi observado, com um pico 3 horas após a dose.
As informações sobre a farmacologia clínica do Ácido Fumárico Siponimode encaminhadas pela requerente foram consideradas suficientes para dar suporte ao pleito.
Armazenar em temperatura entre 2ºC e 8ºC.
Número do lote, datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Reg. M.S. – 1.0068.1179
Farm. Resp.:
Flavia Regina Pegorer
CRF-SP 18.150
Importado por:
Novartis Biociências S.A.
Av. Prof. Vicente Rao, 90 – São Paulo – SP
CNPJ: 56.994.502/0001-30
Indústria Brasileira.
Fabricado por:
Novartis Pharma Stein AG
Stein, Suíça
Embalado por:
Siegfried Barbera S.L.
Barberà Del Vallès – Espanha
Ou
Novartis Pharma Stein AG, Stein, Suíça.
® = Marca registrada em nome de Novartis AG, Basileia, Suíça.
Venda sob prescrição médica.
Peso | 100 kg |
---|---|
Dimensões | 2 × 5 × 10 cm |
Princípio Ativo | Ácido Fumárico Siponimode |
Classe Terapêutica | Produtos para Esclerose Múltipla |
Fabricante | Novartis |
Tipo de Medicamento | Medicamento Novo |
Origem | Nacional |
Necessita de Receita | Sim, Branca Comum (Venda Sob Prescrição Médica) |
Indicação | Esclerose Múltipla |
Farmacêutico Responsável: Luiz Fernando Manzi Tavares - CRF-TO: 2515 | Global Medicamentos EIRELI CNPJ 19.970.265/0003-02.
ATENÇÃO OS MEDICAMENTOS VENDIDOS SÃO DE ALTO CUSTO POR ISSO TEMPO DE ENTREGA PODE VARIAR DE 5 A 10 DIAS ÚTEIS DE ACORDO COM A DISPOSIÇÃO DO ESTOQUE DOS FABRICANTES E DISTRIBUIDORES
Dúvidas com o seu medicamento entre em contato agora gratuitamente:
Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas ao tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características particulares de cada pessoa.
© Fast Medicamentos - Demanda Judicial - Medicamentos de Alto Custo - Todos os direitos reservados - 2022