Receber o diagnóstico de esclerose múltipla (EM) é um momento que traz muitas dúvidas, como ”o que devo tomar?” ou ”como vou pagar meus medicamentos?”
Essas perguntas são comuns porque o tratamento é essencial para retardar a evolução da doença e manter a qualidade de vida.
Apesar dos avanços da medicina, os medicamentos para esclerose múltipla estão entre os mais caros do mercado, e o acesso nem sempre é simples.
Neste artigo, vamos explicar quais são os principais remédios disponíveis, quais já são oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), como funciona a judicialização para obter tratamentos de alto custo e de que forma empresas especializadas podem ajudar nesse processo.
Continue a leitura e confira!
O que é esclerose múltipla e quais os principais desafios do tratamento?
A esclerose múltipla é uma doença neurológica autoimune em que o sistema imunológico ataca a mielina — camada protetora dos nervos. Isso gera falhas na comunicação entre cérebro e corpo, causando sintomas que variam de acordo com cada paciente, como:
visão turva ou dupla;
fraqueza muscular;
dormências e formigamentos;
dificuldade de equilíbrio e coordenação;
problemas de memória e cognição.
O maior desafio é que a doença é crônica e progressiva, o que gera um grande impacto na qualidade de vida conforme o tempo vai passando.
Assim, mesmo sem cura definitiva, o tratamento precoce e contínuo com medicamento para esclerose múltipla é indispensável para reduzir surtos e retardar a evolução da condição.
Medicamento para esclerose múltipla: quais são os principais disponíveis?
O avanço da medicina trouxe novas possibilidades para o tratamento da esclerose múltipla, o que é essencial, pois cada pessoa reage de maneira diferente à doença. Até pouco tempo atrás, muitas pessoas conviviam com opções restritas e com diversos efeitos colaterais.
Hoje, entretanto, já existem alternativas mais eficazes, modernas e até mesmo mais práticas para o dia a dia do paciente. Confira os principais medicamentos para esclerose múltipla:
Ocrevus (ocrelizumabe)
Ocrevus é um dos remédios mais inovadores, indicado tanto para formas remitentes-recorrentes quanto para a esclerose múltipla primária progressiva. Seu uso é feito por infusão intravenosa a cada seis meses, sempre em ambiente hospitalar ou clínica especializada.
Apesar da necessidade de aplicação supervisionada, o grande diferencial do Ocrevus é justamente a eficácia prolongada, o que reduz a frequência de idas ao hospital e traz segurança ao paciente.
Kesimpta (ofatumumabe)
Kesimpta representa uma grande mudança na forma de tratar a esclerose múltipla, principalmente para a forma remitente-recorrente. Ele é aplicado por meio de injeções subcutâneas que o próprio paciente pode administrar em casa.
Essa praticidade garante maior autonomia, menos deslocamentos para clínicas e uma rotina de tratamento mais leve, sem abrir mão da eficácia clínica comprovada.
Mavenclad (cladribina)
O Mavenclad é uma opção diferente das anteriores porque é administrado por via oral, para pacientes com formas altamente ativas da doença. Ele é tomado em ciclos curtos, durante dois anos consecutivos, com comprimidos que são ingeridos em períodos determinados pelo médico.
O grande atrativo do Mavenclad está na conveniência: não exige infusões frequentes nem aplicações mensais, e ainda assim apresenta bons resultados no controle da progressão da esclerose múltipla.
Portanto, se a dúvida é “qual o tratamento mais moderno para esclerose múltipla?”, podemos destacar Ocrevus, Kesimpta e Mavenclad como os principais avanços disponíveis atualmente, pois eles se destacam não apenas pela eficácia, mas também pela maneira como se adaptam às diferentes realidades dos pacientes.
Quais medicamentos o SUS oferece para o tratamento da esclerose múltipla?
O SUS disponibiliza alguns medicamentos, principalmente para as formas remitentes-recorrentes, como:
-
interferons beta;
-
acetato de glatirâmer;
-
fingolimode;
-
natalizumabe;
-
teriflunomida;
-
siponimode;
-
e, mais recentemente, o Ocrevus, incorporado em 2023 para pacientes com formas mais agressivas da doença.
Por que os medicamentos para esclerose múltipla têm um custo alto?
Sempre existe uma grande preocupação com os preços, pois os valores anuais podem chegar a centenas de milhares de reais, um peso enorme para qualquer família.
Os medicamentos para esclerose múltipla estão entre os mais caros do mercado porque envolvem pesquisas científicas longas e complexas, produção em tecnologia de ponta e, muitas vezes, são biológicos, feitos a partir de células vivas.
Além disso, por serem tratamentos recentes, ainda não existem versões genéricas que poderiam reduzir os preços. Mesmo quando incorporados ao SUS, nem sempre a distribuição é de fácil acesso, levando pacientes a recorrerem à justiça para garantir o tratamento.
Esse cenário explica por que tantas famílias sentem o peso financeiro e a dificuldade de acesso a esses remédios indispensáveis.
Judicialização e acesso à Justiça para garantir o tratamento para esclerose múltipla
Para quem descobriu a esclerose múltipla, o início do tratamento o quanto antes é vital. No entanto, a realidade no Brasil mostra que nem sempre o medicamento prescrito pelo médico vai ser acessível à realidade do paciente.
É nesse contexto que surgem as demandas judiciais, um caminho que tem permitido que milhares de pessoas obtenham acesso aos remédios de alto custo que precisam para viver com mais qualidade.
Em quais situações cabe a judicialização?
Nem sempre o paciente consegue o medicamento prescrito de forma rápida ou contínua. Por isso, existe o caminho judicial para:
Falta de fornecimento contínuo pelo SUS;
Negativa de plano de saúde para custear o medicamento;
Prescrição médica que indica tratamento não disponível na rede pública.
Documentos e laudos médicos necessários
Para que a ação judicial tenha mais força, é essencial apresentar documentos médicos e comprovações que mostrem claramente a necessidade do medicamento, os quais são:
relatório médico detalhado;
exames comprovando a necessidade;
orçamento oficial do medicamento;
negativa formal do SUS ou do plano de saúde.
Procedimentos para acionar a Justiça
Abaixo um passo a passo prático, em tópicos, para organizar e dar entrada na ação que solicita o fornecimento do medicamento:
- Reúna os documentos essenciais, já mencionados acima;
- Procure um advogado especializado em direito da saúde ou o defensor público: esse profissional vai avaliar o caso, orientar sobre provas complementares e assumir a preparação jurídica.
- Prepare a petição inicial: o advogado juntará todos os documentos, explicará a urgência clínica e pedirá, quando cabível, a concessão de liminar (tutela de urgência) para início imediato do tratamento.
- Protocole a ação e acompanhe o andamento: após o ajuizamento, mantenha comunicação contínua com o advogado para envio de documentos adicionais e esclarecimentos solicitados pela Justiça.
- Pedido de liminar e decisões: se a liminar for concedida, o juiz pode determinar o fornecimento imediato; caso contrário, há possibilidade de recursos e de apresentação de novas provas.
- Cumprimento da decisão e logística da entrega: com sentença favorável, o fornecedor é acionado — empresas especializadas (como a Fast Medicamentos) podem emitir orçamentos e cuidar da entrega conforme a determinação judicial.
- Manutenção do tratamento e acompanhamento: após a obtenção do medicamento, mantenha o acompanhamento médico e documentos atualizados; se houver interrupções futuras, volte ao advogado para medidas complementares.
Casos de pacientes que conseguiram o tratamento via Justiça
Histórias reais de superação inspiram e mostram que o acesso ao tratamento da esclerose múltipla é possível, mesmo diante das dificuldades.
Um exemplo é o caso de um paciente atendido pela Fast Medicamentos, que conseguiu acesso ao Ocrevus após um longo processo judicial. Sua esposa, Silvania, compartilhou conosco como foi essa caminhada.
Ela relembra que o diagnóstico foi um momento assustador, principalmente pela dificuldade de aceitação do marido e pelas tentativas de tratamentos que não deram resultado.
Nesse cenário de incertezas, a Fast Medicamentos entrou como parceira. Silvania explica que a empresa acompanhou toda a trajetória, desde o primeiro contato até a conquista do medicamento, que levou cerca de três anos para se concretizar:
“A Fast foi muito parceira, sempre acompanhou todo o processo. Estavam sempre em contato, tirando qualquer dúvida. Achei importantíssimo, foi um diferencial em relação a outras empresas e também pelo valor do medicamento, que foi o melhor.”, destacou.
A conquista do Ocrevus foi recebida com esperança e alívio: “Conseguir esse tratamento foi uma realização e trouxe uma esperança de dias melhores”, afirmou.
Também relatou sobre os resultados: “O tratamento está sendo um sucesso e me deixou bem mais tranquila, tanto para mim quanto para o paciente.”
Para quem acabou de receber o diagnóstico, Silvania deixa uma mensagem de incentivo: “A palavra-chave é perseverança.”
Esse relato mostra que, apesar dos desafios, com o apoio certo e a persistência necessária, é possível vencer as barreiras do acesso e transformar o medo em esperança.
Como a Fast Medicamentos pode ajudar com apoio especializado
A Fast Medicamentos busca sempre entender os desafios de quem precisa de um medicamento para esclerose múltipla ou qualquer outra doença rara. Por isso, nós oferecemos:
Orçamentos oficiais, que servem como prova em processos judiciais;
Acompanhamento completo, desde a cotação, a entrega e durante o tratamento;
Atendimento humanizado e específico para cada caso, voltado para pacientes e familiares;
Apoio jurídico indireto, fornecendo a documentação necessária e orientações para advogados que precisam de auxílio.
Assim, o paciente não precisa enfrentar sozinho as barreiras burocráticas e consegue manter seu tratamento de forma contínua.
Perguntas frequentes sobre medicamentos para esclerose múltipla
O plano de saúde é obrigado a cobrir o tratamento da esclerose múltipla?
Sim. Os planos de saúde devem custear medicamentos registrados na Anvisa e prescritos pelo médico, desde que façam parte do rol da ANS.
O que fazer se o SUS negar meu medicamento para esclerose múltipla?
Caso o SUS negue o fornecimento, é importante pedir a justificativa por escrito e reunir todos os documentos médicos para poder ingressar na Justiça e garantir o acesso.
Posso entrar na Justiça se o plano de saúde negar o tratamento?
Sim. A judicialização é um caminho legítimo quando o plano de saúde nega a cobertura de medicamentos essenciais para esclerose múltipla.
Quais documentos preciso apresentar quando meu remédio é negado?
Normalmente são exigidos: relatório médico detalhado, prescrição atualizada, exames que comprovem a necessidade do medicamento, orçamento oficial e a negativa formal do SUS ou do plano.
Como funciona a ação judicial para conseguir medicamento de alto custo?
O advogado prepara um processo com base nos documentos médicos e financeiros. Na maioria dos casos, o juiz pode conceder uma liminar, obrigando o SUS ou o plano a fornecer o medicamento rapidamente.
Preciso de advogado para entrar na Justiça contra o SUS ou o plano?
Sim, é recomendável. O paciente pode contratar um advogado especializado em direito da saúde ou recorrer à Defensoria Pública, que oferece assistência gratuita.
Quanto tempo demora um processo para garantir tratamento de esclerose múltipla?
Em muitos casos, uma liminar pode ser concedida em poucos dias ou semanas, permitindo o início imediato do tratamento. O processo completo pode levar meses, mas a liminar já garante o acesso enquanto a ação segue.
Se eu ganhar a ação, o SUS ou o plano é obrigado a fornecer o medicamento?
Sim. Uma vez concedida a decisão judicial, tanto o SUS quanto o plano de saúde são obrigados a cumprir, sob pena de multa e outras sanções legais.
Conclusão
O tratamento da esclerose múltipla avançou muito nos últimos anos, trazendo opções diversas e inovadoras. O SUS oferece algumas dessas terapias, incluindo o Ocrevus, mas com limitações que, muitas vezes, obrigam pacientes a recorrer à Justiça para garantir o acesso.
Existem diferentes opções de medicamentos, e a escolha vai depender da prescrição de um neurologista, que irá fazer uma avaliação da forma e a progressão da doença no corpo e irá indicar o mais adequado para cada caso.
A boa notícia é que, mesmo diante de custos elevados e barreiras burocráticas, existem caminhos. Com apoio jurídico e empresas como a Fast Medicamentos, o acesso ao tratamento é possível. Informação, perseverança e suporte certo fazem toda a diferença na vida de quem convive com a esclerose múltipla.
Fontes:
Esclerose Múltipla Brasil;
Fleury Infusões;
CONITEC / Ministério da Saúde;
Natcofarma;
ABEM (Associação Brasileira de Esclerose Múltipla);
Sociedade Brasileira de Esclerose Múltipla (SBEM).