Nos últimos anos, a imunoterapia tem se destacado como uma das maiores revoluções no tratamento do câncer.
Diferente da quimioterapia e da radioterapia, que atuam diretamente sobre as células tumorais, a imunoterapia estimula o próprio sistema imunológico do paciente a reconhecer e combater o câncer.
Esse avanço trouxe esperança para milhares de pessoas diagnosticadas com tumores agressivos.
No entanto, junto com os benefícios, surgem também desafios: alto custo, acesso limitado e a necessidade de acompanhamento próximo da equipe médica, que será tudo melhor explicado ao longo do artigo.
O que é imunoterapia?
A imunoterapia é um tratamento que utiliza o sistema imunológico do próprio paciente para combater doenças, em especial o câncer.
Nosso organismo possui células de defesa, chamadas linfócitos, que têm a função de identificar e eliminar agentes estranhos, como vírus e bactérias.
No entanto, células cancerígenas podem se “camuflar”, dificultando a ação natural dessas defesas.
A imunoterapia entra justamente para estimular ou restaurar a resposta imunológica, ajudando o corpo a enxergar e atacar as células tumorais.
Em outras palavras, é como se a imunoterapia desse um “empurrão” no sistema de defesa, tornando-o mais preparado para lutar contra o câncer.
Como a imunoterapia funciona no organismo?
O funcionamento da imunoterapia pode variar de acordo com o tipo de medicamento utilizado, mas de forma geral, ela age nos seguintes principais mecanismos:
1. Reconhecimento das células anormais
As células cancerígenas desenvolvem mecanismos para escapar da detecção. A imunoterapia atua retirando essas “máscaras”, permitindo que o sistema imunológico identifique o tumor.
2. O papel dos anticorpos monoclonais
Os anticorpos monoclonais são proteínas produzidas em laboratório que se ligam a alvos específicos presentes nas células cancerígenas, marcando-as para destruição.
3. Inibidores de checkpoint imunológico
Nosso sistema imunológico possui “freios” naturais para evitar que as células de defesa ataquem tecidos saudáveis. O câncer pode usar esses freios a seu favor.
Os medicamentos conhecidos como inibidores de checkpoint bloqueiam esses mecanismos, liberando a ação das células de defesa contra o tumor.
Quando a imunoterapia é indicada?
A decisão sobre indicar ou não a imunoterapia deve ser feita exclusivamente pelo médico oncologista, após avaliação clínica detalhada, exames de imagem e análise molecular do tumor.
Os principais casos em que a imunoterapia tem mostrado bons resultados incluem:
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Câncer de pulmão: especialmente nos estágios avançados e quando há expressão da proteína PD-L1.
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Melanoma (câncer de pele agressivo): um dos tipos mais sensíveis à imunoterapia, com aumento significativo de sobrevida.
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Linfomas: como o linfoma de Hodgkin, em que os inibidores de checkpoint podem trazer resposta positiva.
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Outros casos específicos: como câncer de bexiga, rim e fígado, dependendo do perfil molecular e da resposta ao tratamento convencional.
É importante ressaltar que nem todos os pacientes se beneficiam igualmente, e a indicação depende de exames específicos e da avaliação médica individualizada.
Quais são os principais tipos de imunoterapia?
A imunoterapia não é um tratamento único, mas sim um conjunto de abordagens. Entre as principais estão:
1. Vacinas terapêuticas contra o câncer
Diferente das vacinas tradicionais, que previnem doenças, as vacinas terapêuticas estimulam o sistema imunológico a combater um câncer já existente.
2. Terapia com células T (como a CAR-T)
Nesse método, células de defesa (linfócitos T) são retiradas do paciente, modificadas em laboratório para se tornarem mais eficazes contra o câncer, e depois reinfundidas.
É uma das técnicas mais inovadoras e promissoras, utilizada principalmente em alguns tipos de leucemias e linfomas.
3. Anticorpos monoclonais
Atuam diretamente sobre alvos específicos nas células cancerígenas, bloqueando sinais de crescimento ou marcando o tumor para ataque.
Medicamentos mais usados na imunoterapia contra o câncer
Atualmente, alguns medicamentos já são amplamente conhecidos no mercado e utilizados em diversos protocolos de tratamento:
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Keytruda (pembrolizumabe): indicado em câncer de pulmão, melanoma e outros tumores.
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Opdivo (nivolumabe): aprovado para melanoma, câncer de rim, pulmão e linfoma de Hodgkin.
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Imfinzi (durvalumabe): utilizado principalmente em câncer de pulmão.
Esses medicamentos só podem ser usados sob prescrição e acompanhamento médico, já que exigem monitoramento rigoroso devido ao risco de efeitos colaterais.
Quais são os efeitos colaterais da imunoterapia?
Apesar dos benefícios, a imunoterapia pode trazer reações adversas, pois ao estimular o sistema imunológico, ele também pode atacar tecidos saudáveis. Entre os efeitos mais comuns estão:
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Fadiga intensa
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Reações na pele: como coceira e erupções
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Alterações hormonais: envolvendo tireoide e glândulas suprarrenais
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Inflamações: que podem afetar pulmões, fígado, intestino ou outros órgãos
Esses efeitos podem variar de leves a graves, exigindo acompanhamento próximo da equipe médica para ajuste ou interrupção do tratamento quando necessário.
Acesso e custos da imunoterapia
Um dos principais desafios da imunoterapia é o custo elevado dos medicamentos. Como são terapias inovadoras e complexas, os valores podem ultrapassar dezenas de milhares de reais por mês.
No Brasil, muitos pacientes recorrem à judicialização para garantir os tratamentos necessários.
Nesse contexto, é essencial que as famílias tenham informações claras e realistas sobre os custos, coberturas e possibilidades legais disponíveis para obter acesso aos medicamentos.
O papel da família no tratamento com imunoterapia
A presença da família durante o tratamento com imunoterapia é fundamental.
O diagnóstico de câncer costuma trazer sentimentos de medo, insegurança e ansiedade, e o apoio emocional oferecido por pessoas próximas pode ajudar o paciente a enfrentar essa batalha com mais confiança e serenidade.
Além do acolhimento psicológico, os familiares têm um papel importante na organização de documentos, autorizações médicas, relatórios e até em processos judiciais quando há necessidade de buscar o acesso ao tratamento.
Muitas vezes, também precisam participar das decisões sobre continuidade ou ajustes no plano terapêutico, o que exige diálogo constante com os médicos e compreensão das opções disponíveis.
Dessa forma, a família se torna não apenas um suporte emocional, mas também um pilar prático e decisivo na jornada do paciente que passa pela imunoterapia.
Como a Fast apoia pacientes e familiares
A Fast Medicamentos entende que a jornada do paciente com câncer vai além do tratamento médico. Por isso, oferece apoio em diferentes frentes:
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Clareza nos orçamentos de tratamento: apresentando valores transparentes e facilitando o planejamento familiar, tendo como diferencial a Proposta Contrato para demandas judiciais.
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Apoio espiritual: oferecemos ajudas com orações, conversas e palavras de conforto baseadas na Bíblia, entregando também um livro devocional para aqueles que aceitarem
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Orientação em decisões difíceis: nossos especialistas estão prontos para te auxiliar na compreensão das opções disponíveis e no processo de tomada de decisão.
Esse suporte faz toda a diferença, ajudando famílias a enfrentarem o tratamento de forma mais estruturada e humana.
Conclusão
A imunoterapia representa um avanço extraordinário no combate ao câncer, oferecendo novas perspectivas para pacientes antes sem opções eficazes.
Seu funcionamento, baseado no fortalecimento do sistema imunológico, tem mostrado resultados promissores em diversos tipos de tumores, como pulmão, melanoma e linfomas.
No entanto, seu acesso ainda é limitado pelo custo elevado (podendo ser resolvido através de demandas judiciais) e pela necessidade de acompanhamento especializado.
Nesse cenário, o papel da família e de instituições de apoio, como a Fast, torna-se fundamental para garantir que o paciente enfrente essa jornada com clareza, segurança e acolhimento.
Fontes:
A.C. Camargo Cancer Center;
Ministério da Saúde;
GRAACC;
Instituto Vence Onco;
Dr. Gustavo Schvartsman.